Como ser parceiro do seu filho adolescente?
Como ser parceiro do seu filho adolescente?
A tarefa não é simples. Como uma das fases mais especiais do desenvolvimento humano, repleta de transformações, descobertas e questionamentos, a adolescência chega também cercada de tabus e preconceitos.
É nesse momento que nossos rebentos se afastam do ninho, embora ainda vivam dentro dele, e acabam se distanciando dos pais e das mães.
Muitos progenitores se ressentem desse afastamento, não sabem como lidar com a situação, e muitas vezes acabam aprofundando o abismo que os separa dos filhos e filhas.
No nosso post de hoje, trazemos 8 dicas sobre como preservar – ou recuperar, caso ela já tenha se esgarçado – a relação com seu filho ou filha adolescente.
Ao final do texto, deixaremos links para uma série de textos chamada “O que esperar do seu filho”. Nessa série, abordamos as transformações por que passam nossos filhos e filhas, a cada idade de vida. Não deixe de consultar.
Boa leitura!
8 Dicas para ser parceiro do seu filho adolescente
- Evite o senso comum e os preconceitos – Seu filho ou filha está atravessando uma fase de transformações, turbulências hormonais, e aí, a cada desentendimento, você se sai com a clássica frase que atribuiu qualquer comportamento inesperado à adolescência. Será que reafirmar constantemente tabus e preconceitos é uma boa estratégia? Insistir em frases como “a adolescência é chata”, “os filhos ficam insuportáveis”, ou “é culpa dos hormônios” vai aproximar ou afastar ainda mais seu filho ou filha de você?
- Esteja aberto ao diálogo – Em vez de se fechar ao sentimento que está sendo manifestado por seu filho ou filha com as respostas preconceituosas citadas na primeira dica, que tal colocar o smartphone de lado e parar para genuinamente ouvir o que ele ou ela estão tentando lhe dizer? Que tal tentar entender o que está se passando e tentar ajudar de forma propositiva? Abrir-se ao diálogo, praticando uma escuta ativa e adotando uma postura propositiva para lidar com as questões da adolescência potencializa a chance de você se tornar um parceiro de seu filho ou filha adolescente.
- Preste atenção em sua filha ou filho – Observe, sem julgamentos, a linguagem corporal dela ou dele, como se relaciona com colegas. Fique alerta às alterações de humor ou comportamento. Sim, essas mudanças são normais, mas quando duram tempo excessivo, podem indicar quadros de ansiedade e depressão. Prestar atenção à maneira como seu filho ou filha se relaciona com o mundo, sem ataques ou pré-julgamentos, é uma demonstração de cuidado que pode aumentar a conexão e a parceria com seu adolescente.
- Reduza as expectativas – Na adolescência, seu filho ou filha vai se transformar e vai se afastar de você. O afastamento não significa, de maneira alguma, que ele ou ela deixou de amar ou de admirar o pai ou a mãe. Significa, apenas, que ele ou ela está testando os limites da independência. Sua filha ou filho pode continuar fortemente ligada(o) a você, mesmo que vocês não tenham conversas profundas, que ele ou ela não lhe conte absolutamente tudo. Invista na construção de uma relação saudável e de confiança, sabendo respeitar os limites dela ou dele.
- Demonstre curiosidade sobre os interesses dela ou dele – Ok, você não é fã de Ed Sheeran, Dua Lipa ou Sia… Aliás, há uma grande chance de que você nem tenha ouvido falar sobre a maioria dos cantores e cantoras que constam da playlist do seu filho ou da sua filha no Spotify. Mas você não precisa ser fã dessas cantoras e cantores, nem gostar das mesmas coisas que seu filho ou filha para demonstrar curiosidade pelos interesses dele ou dela. Essa postura de curiosidade é uma forma de afeto e uma das maneiras mais eficientes de construir parceria com seu filho ou filha. Essa curiosidade deve se estender a todos os campos de interesse: vídeos, filmes, livros, jogos, aplicativos etc.
- Regule o tempo de tela – Essa regra pode valer tanto para seu filho ou filha adolescente, como para você. Estabeleçam juntos limites que possam aumentar o tempo que vocês passam juntos, no mundo real, em vez de isolados no mundo virtual. Converse com seu filho ou filha para escolherem juntos alternativas interessantes para todos, com o objetivo de preencher esse tempo que era dedicado às telas.
- Sem palestra, por favor! – Qual a chance de seu filho ou filha procurá-la(o) para falar sobre temas como drogas, bebidas e sexo, por exemplo, se cada vez que ele ou ela tenta falar sobre um tópico polêmico, você faz sermão ou descarrega uma palestra na orelha dele ou dela? Esforce-se para validar as emoções e sentimentos dele ou dela e para não fazer julgamentos.
- Lembre-se, você não é mais adolescente – Na ânsia de se aproximar da filha ou filho, muitas mães e pais começam a se comportar como adolescentes. Passam a se convidar para programas com amigas e amigos de suas filhas e filhos… Sinal vermelho! A gente sabe que é tentadora a ideia de voltar à juventude, mas, além de ser “cringe” (como adolescentes gostam de dizer), seu papel como mãe ou pai é ser o cuidador, o adulto da relação, e não um igual. Ao tentar interferir demais, você invade o espaço de sua filha ou filho, corre o risco de impedir que ela ou ele experimente vivências importantes para a aprendizagem e amadurecimento e ainda pode acabar estragando o relacionamento.
Para encerrar
Agora que você já leu as dicas sobre como ser parceiro do seu filho adolescente, que tal se aprofundar sobre o que esperar do comportamento dele em cada idade?
Baseando-se no Material Pedagógico da Mind Lab, o Vida Inovadora publicou uma série sobre o que esperar do seu filho em cada idade da vida, a partir dos 4 anos.
Nos links abaixo deixamos os endereços para os posts específicos sobre o que esperar de seu filho na adolescência aos, por idade. Confira:
- O que espera do seu filho aos 12 anos
- O que esperar do seu filho aos 13 anos
- O que esperar do seu filho aos 14 anos
- O que esperar do seu filho aos 15 anos
- O que esperar do seu filho aos 16 anos
- O que esperar do seu filho aos 17 anos
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