Como identificar a ansiedade no seu filho?
Como identificar a ansiedade no seu filho?
Desde 2015, o mês de setembro é dedicado à campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio.
Essa iniciativa que busca trazer consciência sobre doenças mentais que, se não forem tratadas adequadamente, podem levar a esse ato extremo.
Ao longo dos últimos anos, o Brasil tem convivido com um alarmante aumento dos números de suicídios entre crianças e jovens.
Por isso, é muito importante que nós, pais e mães, estejamos atentos aos indícios de distúrbios que podem afetar a saúde emocional de nossos filhos e filhas desde cedo.
Os dados
Segundo levantamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas se suicidam todos os anos ao redor do mundo.
No Brasil, 12,4 mil pessoas tiraram a própria vida em 2019, último ano em que existem dados disponíveis. Esse número representou, naquele ano, um aumento de 28% em relação a 2014.
Quando o recorte de casos é feito por faixa etária, porém, o dado de suicídios entre crianças e jovens de 11 a 20 anos mostra um aumento percentual ainda mais dramático: 49,6%, com um total de 1.273 casos em 2019.
A ansiedade
Um dos sintomas de que a saúde emocional de seu filho ou filha pode precisar de atenção é o surgimento da ansiedade.
Transtornos ansiosos são comuns na infância. Apesar disso, pais e mães ainda enfrentam certa dificuldade em reconhecer os sinais em seus filhos e filhas.
Estudos mostram que a ansiedade infantil é um fator de risco para o desenvolvimento de outros transtornos mais graves na adolescência e na vida adulta, como a depressão, por exemplo.
Por isso, nosso post de hoje vai se dedicar a identificar:
- Os tipos de ansiedade;
- Os sintomas mais comuns entre crianças e jovens;
- Os tratamentos possíveis.
Os tipos de ansiedade
Os modos de apresentação da ansiedade entre crianças e jovens variam de acordo com a idade.
Os mais comuns, segundo a classificação médica, são:
- Transtorno de Ansiedade Generalizada – Também conhecido como TAG, esse transtorno, segundo o site do doutor Dráuzio Varella, se caracteriza “pela preocupação excessiva ou expectativa apreensiva, persistente e de difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo”.
- Transtorno de Ansiedade de Separação – Mais comum em crianças pequenas, caracteriza-se pelo medo da separação física, em geral da mãe ou da figura com quem a criança tem um vínculo afetivo maior. A criança se preocupa demais quando fica longe da pessoa que é sua principal referência afetiva.
- Fobias Específicas – São o tipo mais comum de transtorno de ansiedade e se caracterizam pelo medo de certas situações, objetos ou insetos. Alguns exemplos são a aracnofobia (medo de aranha), acrofobia (medo de altura) e claustrofobia (medo de lugares fechados).
- Fobias Sociais – Caracteriza-se pela dificuldade em lidar com interações sociais.
- Transtorno de Pânico – Mais comum em adolescentes, “é uma condição associada a crises repentinas de ansiedade aguda, marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes”, segundo o site do doutor Dráuzio Varella.
- Transtorno de Estresse Pós-traumático – Este distúrbio de ansiedade se manifesta depois de uma situação traumática ou experiências de atos violentos vividas pela criança ou adolescente.
É bom ressaltar que todos esses transtornos não ocorrem exclusivamente entre crianças e jovens. Eles podem se manifestar também em adultos.
Quando acontecem entre crianças e jovens, porém, costumam ter sintomas específicos, que são o tema do nosso próximo bloco.
Sintomas entre crianças e jovens
Quem tem filhos ou filhas sabe que muitos dos sintomas listados abaixo são relativamente comuns em algumas fases do desenvolvimento psíquico de crianças e jovens.
O que é preciso observar, porém, é se esses sintomas estão se manifestando de forma exagerada, desproporcional e se estão durando por períodos muito longos.
É fundamental, também, estar atento ao tamanho da dificuldade que eles geram para que seu filho ou filha mantenha as rotinas diárias.
- Dificuldades para dormir;
- Falta de motivação;
- Mudança do apetite;
- Baixa repentina no rendimento escolar;
- Oscilações bruscas de humor;
- Dores de cabeça;
- Medos e preocupações excessivas.
- Tonturas;
- Retração no convívio social;
- Irritabilidade ou apatia.
Os tratamentos possíveis
O tratamento da ansiedade na infância pode ser muito eficiente quando conduzido em conjunto por profissionais de saúde especializados.
O primeiro passo, em caso de dúvida, é procurar um neuropediatra para pedir uma avaliação. Se o diagnóstico for conclusivo, o médico vai indicar a conduta que pode incluir uso de medicação específica, quase sempre associado a psicoterapia.
A educação socioemocional
Aprender a lidar com as emoções é um dos focos da educação socioemocional. Nesse sentido, o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais, cognitivas e éticas pode ser um grande aliado do combate à ansiedade.
Conheça o Programa MenteInovadora e descubra como o uso de jogos de raciocínio e métodos metacognitivos pelos professores de seu filho podem ajudá-lo a lidar com as emoções.
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2 Comentários. Deixe novo
[…] outro texto, nós ajudamos as famílias a entenderem como identificar os sinais de ansiedade em seus filhos e filhas, e no artigo mais recente, trouxemos algumas dicas sobre como pais e mães podem ajudar seus filhos […]
[…] Sim, essas mudanças são normais, mas quando duram tempo excessivo, podem indicar quadros de ansiedade e depressão. Prestar atenção à maneira como seu filho ou filha se relaciona com o mundo, sem ataques ou […]