Desenvolvimento emocional na adolescência
Estamos chegando ao fim de uma série de conteúdos sobre a intensa fase da adolescência. Por meio do projeto #PrecisamosFalarSobreIsso, ouvimos a opinião de diferentes especialistas. Com essa ajuda, foi possível aprofundar questões sobre o desenvolvimento emocional diante da ótica familiar.
Longe de trazer regras pré-definidas, entre os principais objetivos: o convite para trabalhar a empatia, por parte dos adultos.
Isso porque, infelizmente, é comum se deparar com pais despreparados para orientar os jovens com maturidade. Nessas horas, também é preciso considerar uma educação integral que eles próprios não tiveram acesso.
Portanto, para ajudar nessa complexa missão educativa na passagem da infância para a vida adulta, trouxemos para o Vida Inovadora temas sobre: estrutura familiar, problemas na escola, comportamento, escolha da carreira, relacionamentos amorosos e até mesmo assuntos delicados e tabus como o do suicídio.
Um extremo que, inclusive, pode ser consequência de acúmulos emocionais trazidos por todos esses pilares na falta de orientação adequada.
Resumimos agora, a essência da visão em torno desse trabalho que pode ser aplicada a qualquer um dos temas e fases pelas quais os adolescentes irão passar.
Autoconhecimento
É impossível ajudar os outros sem antes de mais nada, se autoconhecer. Uma qualidade fundamental para os pais, que mesmo sem perceber irão compartilhar sua bagagem comportamental com os filhos.
Ao entender a adolescência como o momento de busca pela identidade, é primordial que os filhos tenham referências próximas positivas. Especialmente a familiar, base de toda a estrutura emocional de qualquer ser humano.
Portanto, os pais que não estiverem dispostos a se revisarem em primeiro lugar, irão transmitir os mesmos medos e bloqueios em lugar da segurança que esses jovens tanto precisam!
Apoio e empatia
É comum ver adultos tratando os adolescentes como se eles já tivessem o mesmo nível de experiência. Não à toa são vistos como imaturos quando, na verdade, espera-se um nível de responsabilidade que ainda não foi adquirido.
Assim, os pais se esquecem até dos seus próprios erros e dilemas vivenciados no passado e transferem expectativas excessivas que podem mais sobrecarregar do que ajudar.
O melhor caminho, então, é desenvolver a empatia, enquanto a capacidade de se colocar no lugar dos outros. Para isto, é preciso olhar para a realidade e as pessoas exatamente como são e de acordo com seu momento, sem julgamentos.
A paciência durante este período construtivo é uma ferramenta poderosa de auxílio aos pais!
Comunicação e Diálogo
A comunicação é mais profunda do que apenas diálogo em si pois não se expressa apenas de maneira verbal. A comunicação também acontece através do corpo e de outros fatores mais subjetivos. Entre eles, a receptividade e a abertura demonstrada seja com a entonação de voz e mesmo as atitudes.
Na busca por sua independência e sem saber a quem recorrer, é comum que os filhos se distanciem dos pais neste sentido, logo na chegada da puberdade.
Sendo assim, um dos primeiros sinais é o bloqueio na comunicação. Por medo de lidar com os problemas de maneira mais direta e objetiva, pais e filhos sentem dificuldade em demonstrar seus verdadeiros sentimentos.
O diálogo surge como complemento de uma comunicação honesta. Mais do que pensar na dificuldade dos problemas, é preciso ativar uma forte conexão entre pais e filhos.
Estrutura para a vida adulta
Quando enxergada de maneira mais ampla e até mesmo distanciada por parte dos adultos, a adolescência pode deixar de ser um período tão conturbado e passa ser uma fase de desenvolvimento potencial.
Cabe a nós, adultos, reavaliar as experiências passadas a partir do autoconhecimento afim de trazer o acolhimento e a orientação capaz de amenizar determinadas emoções confusas. Da mesma forma, lembrar-se de não tentar viver estas experiências por eles, acreditando também na autonomia de seus aprendizados!
Precisamos falar sobre isso e muito mais!
#PrecisamosFalarSobreIsso
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2 Comentários. Deixe novo
Achei muito importante o texto exposto acima. dentro do assunto abordado, eu fiquei impressionado de haver um zoom no que diz respeito ao tempo das experiencias do adolescente, uma vez que com as conturbações do dia a dia os pais tendem a deixarem responsabilidades cabíveis a eles para os filhos, quando na verdade estes não estão prontos para tal exercício.
É sempre trabalhar a empatia, pois o adolescente é um ser em transformação.