Sob o império das telas: Como lidar com o excesso de exposição a telas provocado pela quarentena
Não é mais uma questão de gostar e sim de aceitar um fato consumado: desde o início da quarenta, a exposição das crianças às telas explodiu. Seja para acompanhar as aulas remotas, seja para preencher parte do tempo que passam fechadas dentro de casa, crianças de diferentes idades passaram a ficar muito mais tempo diante de dispositivos eletrônicos.
Essa nova realidade envolve vários aspectos relacionados à saúde física e emocional dos pequenos. Hoje vamos ajudá-la a entender o que está em jogo nesse momento em que vivemos sob o império das telas: como lidar com o excesso.
De que forma o excesso de tela afeta a saúde física?
Um dos primeiros órgãos diretamente afetados são os olhos. Uma criança que passe muitas horas na frente de telas pode sentir desconforto, com ardor e vermelhidão nas vistas. Os médicos oftalmologistas explicam também que o esforço contínuo pode ter como consequências dor de cabeça e uma sensação de peso nos olhos. Além disso, os celulares, tablets e computadores podem provocar perda do sono, já que esses equipamentos emitem luz azul, dificultando a produção pelo organismo do hormônio chamado melatonina, que é responsável pelo sono.
Outro aspecto da saúde física afetado é o movimento do corpo. Um dos efeitos do uso exagerado de telas é o sedentarismo. Crianças que passem o dia diante de telas tendem a ficar muito paradas. Para que tenham um desenvolvimento saudável, porém, os pequenos precisam de atividade física. Equilíbrio, lateralidade e coordenação motora, por exemplo, são aspectos que precisam do movimento para serem desenvolvidos. Outro efeito do sedentarismo pode ser a obesidade precoce, que afeta a saúde de várias maneiras.
De que forma as telas podem afetar a saúde emocional?
O risco mais obvio é a exposição a conteúdos que não sejam apropriados para a idade. Por mais que tentemos nos basear nas classificações indicativas, existem programações consideradas livres que podem abalar emocionalmente crianças muito pequenas, por exemplo. O ideal é que nós, pais e mães, saibamos exatamente o que contém o programa ou desenho ao qual a criança será exposta. E a única forma de saber isso é assistindo previamente, ou lendo sobre aquele conteúdo.
Outro risco é causado pelo uso excessivo de jogos, que pode desencadear num alheamento social do mundo real em detrimento do virtual. Jogar é extremamente saudável, desde que o jogo sirva para estreitar as relações e não se transforme num vício que tira a criança da realidade.
Finalmente, outro risco associado é o contato, proporcionado pelas diferentes ferramentas da web, com pessoas desconhecidas. É preciso estar atento a essa possibilidade, especialmente com os adolescentes.
Como lidar com isso tudo?
Confira algumas dicas práticas que separamos para ajudar você a atravessar com segurança o império das telas:
Confira o que o seu filho está vendo:
Não o deixe por longos períodos na frente das telas sem verificar o que ele está assistindo.
Ofereça opções que estimulam a criatividade
Alguns conteúdos dão ideias sobre projetos para criar coisas. Vídeos como esses são mais interessantes do que animações simples, que levam apenas à passividade. Uma dica é conferir o conteúdo do canal Manual do Mundo, no YouTube.
Prefira serviços de assinatura
Se você vai ter de deixar as crianças sozinhas na frente da tela, prefira serviços como Netflix e Amazon Prime, onde você sabe qual programa foi escolhido. No YouTube, infelizmente, você não tem controle sobre o que vai ser apresentado na sequência do programa que inicialmente escolheu para seu filho.
Crie limites de tempo
Faça combinados sobre quanto tempo vai durar a tela.
Estimule a atividade física
Depois do tempo de TV combinado, crie brincadeiras que envolvam movimento do corpo.
Ofereça opções que estimulem o movimento
Desafios do Just Dance, por exemplo, são uma forma de passar um tempo se movimentando na frente da tela. Vocês escolhem juntos a música e se divertem juntos enquanto seguem os passos ensinados na tela. Há várias opções gratuitas no YouTube.
Crie uma rotina de desafios com amigos
Já que eles usarão as redes sociais, que tal acrescentar um pouco de lúdico? A ideia é filmar vocês fazendo uma tarefa – como dançar, falar um trava-línguas ou fazer uma mágica, por exemplo –, enviar para os amigos e propor que cada um faça um desafio também e mande para vocês.
Evite as telas à noite
Como a luz azul emitida pelos devices afeta a qualidade do sono, o ideal é ter um combinado de que esses aparelhos não serão usados depois de que escurecer, por exemplo.
#PrecisamosFalarSobreIsso
ARTIGOS RECENTES
CATEGORIAS
- Educação (85)
- Família (217)
- Habilidades Socioemocionais (104)
- Motivação (28)
- Opinião (27)
9 Comentários. Deixe novo
Texto interessante e com ótimas dicas para colocarmos em prática!
São dicas de extrema importância que nos alerta para a necessidade da organização de uma rotina equilibrada!
É a pura verdade esse depoimento sobre a tela / crianças. Pais ajude seus filhos, a sair deste vício !
O uso de telas deve ser consciente e orientado para crianças e adolescentes , sempre com o intuito educativo, tanto para ensinar quanto para aprender algo que possam reproduzir na vida real, ao passo que essas dicas ajudam muito na organização da rotina dos pequenos.
Boas dicas! Realmente o excesso muito mal,é preciso saber sobre o conteúdo e como isso pode interferir nas atitudes da crianças
As telas são importantes ferramentas quando utilizadas com moderação.
Esta ferramenta é importante quando tem a supervisão de um responsável.
Os pais que acompanhar seus filhos em tudo, orientar e orar por eles.
[…] membro na família: a tela! Não é novidade para ninguém que desde o início da pandemia o uso de telas pelas crianças explodiu. Nós inclusive já tratamos esse assunto por […]