Durante o crescimento dos pequenos, uma boa educação exige a constante imposição de limites por parte dos pais. O rigor faz parte, contudo, a necessidade de acertar constantemente com os mais novos pode acabar confundindo algumas barreiras, levando os adultos a agirem com um pulso firme até demais.
Continue lendo e entenda como você pode exercer sua autoridade sem pecar pelo excesso. Afinal, os limites também se aplicam aos pais!
Autoritarismo x Autoridade
Diferente da autoridade, que se baseia na obediência pelo respeito, o autoritarismo refere-se ao uso da força, em medidas descomedidas e desproporcionais para se fazer “obedecer”. Sem diálogos, acordos ou concessões, esse “modelo” de educar se impõe de maneira totalitária, fazendo da intimidação sua principal arma.
O respeito não é conquistado, mas sim, exigido, nos fazendo levantar o seguinte questionamento: se o intuito em educar é garantir que os pequenos ajam considerando o impacto geral de suas ações, até onde o medo de apanhar ou ficar de castigo é efetivo dentro desse processo?
Uma postura sempre agressiva e intolerante, além de afastar seus filhos, pode despertar rebeldia e até mesmo desencadear comportamentos agressivos, dentro e fora de casa. Essa atitude dos pais torna-se pouco produtiva para o aprendizado das crianças e ameaça a autoridade, afinal, levar broncas frequentes, uma hora deixa de assustar.
Com isso, portanto, não estamos dizendo que os pais devem ser de todo passivos. Muito pelo contrário! A ideia é justamente apresentar a importância de dosar a autoridade de maneira a utilizá-la mais efetivamente.
Mas afinal, como fazer isso?
– O diálogo é sempre um bom começo. Lembrando que é importante dar espaço para as falas dos pequenos.
– Explique! Mostrar porque isso pode ou deixa de poder permite que eles aprendam com as proibições e os limites impostos.
– Seja sempre honesto e claro com os pequenos!
– Não se esqueça que você é o adulto da relação.
– Gritar não vai resolver! E só vai rebaixar a comunicação a um nível primitivo e improdutivo.
– Que tal, na medida do possível, começar a fazer acordos dentro de casa?
– Cuidado com os excessos. Reflita se uma bronca ou um castigo realmente é necessário durante aquele momento.
– Repreenda no mesmo nível da pirraça ou malcriação feita.
– A parcimônia e o equilíbrio fazem parte da educação, assim como o amor é a chave para o respeito.
O que podemos tirar de tudo isso?
Não é por sermos adultos que detemos de todo o conhecimento do mundo, sendo, por vezes, papel dos pequenos nos ensinar sobre a vida.
Cada criança é única, trazendo consigo uma imprevisibilidade constante. E lidar com essa inconstância é ensinamento na sua forma mais pura, nos levando a desenvolver mecanismos próprios para encarar os mais diversos desdobramentos que podem surgir.
Criar um filho é também uma lição de equilíbrio e aprendizado para que os pais saibam como utilizar de sua liderança de maneira eficaz, não só dentro de casa, mas na vida.
#PrecisamosFalarSobreIsso
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5 Comentários. Deixe novo
Não é uma tarefa fácil, porém com muito amor e equilíbrio é possível.
Não é fácil, mas a minha meta é essa
[…] a importância de manter um bom diálogo com filhos e filhas. Da mesma forma, mostramos como evitar a tentação de ser autoritário e de estimular a gentileza nas relações […]
[…] Não seja autoritário, mas tenha autoridade […]
Seu filho demonstra um comportamento de mentiras, manipulação, envolvimento com pessoas que estão em um caminho de vícios e furtos. Acredito que nessa situação o autoritarismo funciona mais do que o autoritário. Onde o diálogo não funciona e só as redes sociais falam a verdade é difícil não ter uma postura autoritária. Tenho que aprender mais sobre o assunto. Educar não é fácil!