

Todos nós passamos por algum tipo de trauma ao longo de nossas vidas. Porém, dependendo da intensidade, ele pode causar efeitos a longo prazo, preso em nosso subconsciente. Principalmente quando se fala de traumas de infância, período em que estamos emocionalmente frágeis e desprotegidos.
O problema psicológico originado pelos traumas é conhecido como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). São vários os fatores de influência, tanto os externos causados por algo como um acidente, quanto os gerados por desordens emocionais dentro do núcleo familiar.
Ainda que não apresentem sintomas aparentes, seus danos podem ser devastadores para o emocional de uma criança. Entenda como eles funcionam e previna seus filhos.
Vídeo: a psicologia do transtorno de estresse pós-traumático
Neste TED Educacional, que pode ser assistido com legenda em português, os transtornos em torno dos traumas são explicados pelo ponto de vista clínico.
Assista para entender o problema com mais profundidade!
O quanto de nossa memória é real?
Segundo pesquisas, 40% de nossas memórias de infância são falsas.
Porém, sabemos que os traumas são reais e o quanto eles afetam a nossa autoestima. Isso significa que o emocional e o estado de humor são alterados de tal forma que, inclusive, irão distorcer outros acontecimentos que não são necessariamente negativos.
Uma pessoa traumatizada cria um filtro de dor e sofrimento para muitas coisas que lhe acontecem. Especialmente as que tiverem alguma relação, ainda que indireta com o fato ocorrido. Uma criança que experimenta a rejeição por parte dos pais, por exemplo, tende a projetar essa mesma sensação de abandono em relacionamentos futuros.
Ela também pode intensificar e recriar mais as memórias tristes do que as felizes. De acordo com o psicólogo Dr. Cristiano Nabuco: “isto é, se uma pessoa estiver deprimida, a chance de ela se recordar de mais eventos negativos de seu passado é muito maior do que se ela estiver, por exemplo, vivendo momentos de felicidade ou de euforia.”
O lado bom é que apesar de dolorosos, os traumas podem ser ressignificados ao longo da vida e até curados. Ou seja, ainda que as lembranças desses acontecimentos permaneçam, aos poucos, elas podem sim perder o poder sobre a sua vida e as suas emoções.
Apenas não é um trabalho simples e requer muita autodisciplina e consciência. Para a maioria das pessoas se faz necessária uma sequência de experiências e sensações intensas e frustrantes apenas para começar a ativar o processo de cura já na vida adulta.
É melhor prevenir do que remediar
Todas as famílias deveriam ter consciência que crescer em um lar estruturado é essencial para evitar tais problemas futuros. Da mesma forma, quando você tiver consciência de que seus filhos já passaram por algum tipo de trauma, é preciso buscar ajuda o quanto antes.
Não importa qual o problema vivenciado, seja o de vícios por parte dos familiares, divórcios conturbados, desprezo ou brigas constantes dentro de casa.
Infelizmente, é comum que os pais e mães apenas repitam padrões de seus próprios traumas emocionais de infância. Sem perceber, acabam os transferindo automaticamente para os filhos. Isso também nos ajuda a entender que a revisão precisa estar integrada com todos os membros da família.
Portanto, ajudar os filhos a curar seus traumas também requer auto-observação constante. Afinal, seus filhos são seus espelhos.
Deixe nos comentários alguma experiência sobre os traumas de infância!