Aproveite o Halloween para falar sobre os medos dos seus filhos
O Halloween é aquela época do ano em que muitos lugares, principalmente escolas, se preparam para uma festa de sustos.
E, por mais inocente que possa parecer uma festinha de Halloween infantil, sabemos que o tema “terror” é um plano de fundo que remete aos medos cultivados desde a infância. Por este motivo, apesar da diversão, também vale o cuidado com as brincadeiras e mais do que isso, uma reflexão sobre o que assusta uma criança de verdade.
Afinal, você já parou para pensar o que ativa o medo nas crianças? Talvez os monstros ou bichos papões que os pais sempre gostam de lembrar em suas histórias, sirvam como símbolos de tantos outros “desafios” que eles enfrentam ou terão de enfrentar em suas vidas.
Que tal usar a época de Halloween para fazer essa investigação e ajudá-los a superar seus limites?
Entendendo o medo
O medo é uma das emoções básicas presente em todos os seres humanos. Neste caso, o estímulo é a sensação de perigo. Ou seja, a tendência é que sempre que nos sintamos ameaçados, física ou emocionalmente, teremos medo. A consequência natural a essa emoção é a fuga ou a luta.
Quando crianças, o demonstramos com maior naturalidade. Já os adultos, tendem a tentar escondê-lo, já que sentir-se amedrontado é considerado um sinal de fraqueza. Repare que desde pequenos somos “treinados” a não sentir medo.
Assim que a criança demonstra algum indício desta emoção, os pais passam a ignorá-la, considerando-a banal ou mesmo a reprimindo. Uma simples frase como: “isso não é nada”, pode ser o suficiente para que seus filhos deixem de dar a devida atenção ao que lhes incomoda.
Porém, no lugar de simplesmente sumirem, esses medos são camuflados e se refletem em formas de comportamento. Muitas vezes se tornam padrões inconscientes e auto defensivos. Uma criança muito calada por exemplo, pode ter medo de se expressar porque em algum momento, ou em vários, se sentiu reprimida. Algo que facilmente poderá ser levado adiante para sua adolescência e até amplificado por outras sensações que “confirmem” esta crença.
Quais são os “monstros” na vida dos seus filhos?
São poucos os adultos preparados para questionar e ajudar seus filhos a enfrentar seus medos com maturidade. Por mais que eles tomem a forma de algo imaginário como um monstro, podem representar carências e até traumas emocionais mais complexos.
Esta carência pode ter sido ativada por meio de uma situação como abandono ou agressão. Assim, a criança pode sentir um receio aparentemente inexplicável, de ficar sozinha ou dormir em seu quarto à noite. Muitas vezes, o trauma pode ter sido ativado em outros lugares que não em casa. Às vezes, na escola ou entre amigos. A aceitação é o primeiro passo para tentar ajudá-los.
A princípio, os medos que assustam uma criança são diferentes daqueles que assustam um adulto. Mas em sua essência, os medos de um adulto podem ser justamente os mesmos de uma criança que não teve suporte para entendê-los.
Portanto, são ativadores potentes que se não administrados levam a uma série de limitações sociais e emocionais futuras.
Como pais, é importante não julgar ou diminuir os medos dos seus filhos (nem os seus comportamentos de defesa) e sim tentar compreender o que há por trás deles.
E você, sabe lidar com os medos infantis?
#PrecisamosFalarSobreIsso
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1 Comentário. Deixe novo
O medo quando não trabalhado, pode torna a criança na vida adulta, uma pessoa insegura com autoestima baixa, incapaz de vencer os obstáculos.