A principal armadilha da Black Friday!
A principal armadilha da Black Friday! Mais perigosos do que os descontos forjados são os efeitos danosos que a data pode exercer sobre os hábitos de consumo de nossos filhos.
Em tempos de pandemia, com escolas fechadas e crianças ainda mais conectadas, a exposição de nossos filhos às telas e aos estímulos de consumo aumentou absurdamente. Com a chegada da Black Friday, a data mundial do consumo que começou nos Estados Unidos e se espalhou por aqui, o bombardeio de publicidade sobre os pequenos aumenta ainda mais!
O problema, entretanto, é que nossos filhos não estão preparados para lidar com esses estímulos de forma consciente. E como resultado correm o risco de desenvolver uma postura consumista insustentável para o planeta e para a futura vida financeira deles.
Nessa hora, algumas habilidades socioemocionais certamente podem ser ferramentas poderosas para barrar o desenvolvimento desse hábito nas crianças e, por que não, também nos adultos. Afinal, é com as nossas atitudes que eles aprendem a se relacionar com o mundo, inclusive quando o assunto é consumir.
Confira como alguns métodos metacognitivos do Programa MenteInovadora podem ajudá-lo a atravessar a Black Friday com o propósito de não gerar prejuízos – financeiros e psicológicos:
Pare e pense antes de comprar
O método do Semáforo, que desenvolve a capacidade analisar uma questão antes de tomar uma decisão, é um excelente exercício para ser praticado antes de clicar no botão “comprar”. Pare e reflita: por que você está comprando aquele bem? O que influencia a sua decisão?
Entenda as suas motivações
O autoconhecimento e a capacidade de olhar para si próprio são importantes habilidades socioemocionais para equilibrar a sua relação de consumo. Use o método do Espelho para se questionar internamente: Será você realmente precisa desse bem? Ou está agindo por impulso? Que mecanismos de realização estão sendo ativados pelo ato da compra? Será que esse prazer será duradouro? Ou vai sumir assim que você receber o item comprado?
Já que parou, investigue melhor
Como não é novidade para ninguém, alguns vendedores menos éticos se aproveitam da Black Friday para iludir consumidores. Eles começam a aumentar os preços gradativamente ainda em outubro e, quando chega o dia, aplicam descontos que fazem a compra parecer um excelente negócio. Na verdade, você está pagando o preço real do produto. Use o método do Detetive para investigar melhor. Aquele preço realmente está menor? Ou é mais um estratagema? A qualidade do produto é boa? O que dizem consumidores que já o adquiriram? Há reclamações nos sites e órgãos de defesa do consumidor contra aquele vendedor ou sobre a qualidade do produto?
Ensine a seu filho o valor das coisas
Se o pedido dele é facilmente atendido, ele pode crescer com a noção de que basta clicar num botão num site para ter tudo o que quer. Com o método da Escada, você pode mostrar que muitos passos precisam ser dados antes que uma conquista seja atendida. Mostre quantas coisas você teve de fazer, quanto tempo precisou trabalhar, e o custo que aquele tempo teve para você, em termos de ausência na família, por exemplo, para mostrar que isso tudo é necessário antes que o dinheiro chegue na sua conta. Por isso, você precisa decidir muito bem onde vai gastar esse dinheiro, para não desperdiçá-lo em algo que não seja importante.
Mostre o que realmente importa
Se você trabalha demais para ganhar dinheiro e consumir, seu filho pode crescer com a noção de que só o dinheiro é importante. Tente equilibrar essa relação entre vida profissional e pessoal, mostrando que o convívio e qualidade dos momentos que vocês passam juntos são mais importantes do que comprar, ter, consumir.
Com todas essas preocupações ativadas e as habilidades emocionais mobilizadas, aproveite a Black Friday com consciência, adotando práticas para combater as técnicas publicitárias que tentam incutir em nossos filhos o valor do consumismo.
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