Monólogo X Diálogo: Como dialogar mais com o meu filho?
O diálogo entre pais e filhos é o segredo para um bom relacionamento familiar. Todavia, para que ele realmente ocorra é preciso estar atento a alguns detalhes.
Será que você tem, de fato, dado ouvidos ao que as crianças têm a dizer?
Entenda no post de hoje como exercitar uma troca saudável com os pequenos, saindo do modelo monólogo e permitindo que flua entre vocês um diálogo cada vez mais simétrico.
Ouvir x Escutar
Seja pela falta de tempo ou atenção, o desinteresse para com o que as crianças têm a dizer acaba sendo um dos principais empecilhos para uma conversa saudável.
Dessa forma, durante o momento em que eles estão falando é preciso deixar de lado qualquer distração ou preocupação própria para de fato escutar o que está sendo colocado.
A atenção é o que diferencia o ato passivo de ouvir do escutar. Ao ouvir, os sons são apenas captados de maneira mecânica, gerando respostas automáticas e geralmente críticas. Escutando, você se solidariza ao ponto de vista colocado, conseguindo responder ativamente para, assim, gerar a troca.
O papel do silêncio
Nesse contexto, é o silêncio que constrói o diálogo!
A ânsia de poder argumentar sobre o assunto é bem-intencionada, afinal, nós enquanto pais ou responsáveis, queremos dar qualquer tipo de respaldo e ensinar os pequenos sempre que possível.
No entanto, o primeiro passo para conseguirmos aconselhá-los da melhor maneira é compreendermos à fundo as situações e questões pelas quais eles estão passando. Permita-se recolher opiniões em um primeiro momento e deixe que as crianças tenham espaço para depositar suas próprias impressões, opiniões e interpretações.
É fundamental incentivar que a criançada se expresse e verbalize o que está sentindo desde cedo, para que não só os pais, mas elas mesmas consigam entender com maior propriedade o que se passa dentro de suas cabecinhas.
Coloque-se no lugar deles
Procure colocar de lado os julgamentos e tire o momento para apenas compreender com empatia o que seu filho tem a dizer.
Por mais que ele venha a estar errado ou não, o acolhimento durante o diálogo possibilita a criação de um canal aberto e permeado de confiança, onde a criança se sente à vontade para depositar aquilo que pensa.
Assim, garante-se uma troca mais sincera entre pais e filhos, repleta de respeito e afeto, tornando todo o processo seguinte de aconselhamento ainda mais saudável.
O que podemos tirar de tudo isso?
Além de possibilitar uma melhor conexão com os pequenos, estabelecer diálogos respeitosos, dotados de compreensão, também os ajuda a desenvolver autoconfiança.
Escutar é incentivar. É validar opiniões e dar atenção às ideias que os pequenos cultivam! Em um gesto de afeto, vai muito além de receber informações. Escutar permite encorajar, ensinar e também aprender!
Conosco, as crianças assimilam conselhos e com elas, nós conseguimos enxergar novos horizontes. Afinal, apesar da pouca idade, tem muita coisa que podemos tirar das conversas com a criançada. Aproveite o período das férias para dialogar mais com os pequenos!
#PrecisamosFalarSobreIsso
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Incentivar diálogos constantes permite que as crianças criem vínculo. Ela se sentirá a vontade para falar de qualquer assunto.
Temos que acolher nossos filhos, dar mais atenção, saber escutar e dialogar de forma que possam desenvolver a autoconfiança.