Meu filho começou a mentir!
Meu filho começou a mentir!
O que fazer agora? Como lidar com isso?
Calma. Antes de entrar em pânico com esse comportamento, é importante saber que ele é supernatural. É parte do desenvolvimento infantil. E ocorre não só com crianças, mas também com adultos. Em alguns casos, ele começa muito cedo na vida da criança. Já a partir dos dois anos de idade.
Não é por ser natural, porém, que devemos permitir que esse comportamento se instale. Antes de mais nada, precisamos aprender a lidar com ele de uma maneira assertiva e que dê resultados. O objetivo principal é construir uma relação de segurança que permita ao seu filho ou filha entender que ele ou ela podem confiar em você e, portanto, não precisa inventar mentiras.
Nesse sentido, para aprender a lidar com as mentiras que as crianças e adolescentes contam, vamos aplicar o Método do Detetive do Programa MenteInovadora.
Com esse método metacognitivo, aprendemos a fazer as perguntas certas para obter respostas que nos levem à solução de um problema. Pronto para testar? Então vamos nessa.
Pergunta 1: Por que as crianças mentem?
Em geral, as crianças mentem para se proteger de uma punição ou responsabilidade, para obter alguma vantagem, para proteger alguém, ou ainda para não decepcionar as pessoas que nos amam. Dessa forma, se olharmos bem para esses motivos, vamos descobrir que eles são muito próximos aos que levam os adultos a mentir também. Ou seja, não há grande diferença entre as razões que levam crianças e adultos a mentirem. O que muda é o nível de complexidade das mentiras.
Pergunta 2: Quais os tipos mais comuns de mentira na infância?
A psicologia lista uma infinidade de tipos de mentiras. No entanto, na infância, os dois tipos mais comuns são a mentira antissocial, que a criança conta para proteger a si mesma. Esse comportamento pode começar a partir dos 2 anos de idade. O outro tipo mais frequente é a mentira pró-social, contada por crianças mais velhas para proteger ou ajudar outras pessoas.
Pergunta 3: As crianças mentem exatamente como os adultos?
Em geral, as mentiras infantis são mais simples e, portanto, mais facilmente identificadas pelos adultos.Porém, quando elas crescem, a complexidade das mentiras que contam também aumenta, e se aproxima muito da maneira como os adultos mentem. A partir daí, é mais difícil identificar quando o jovem está dizendo a verdade ou quando está mentindo.
Pergunta 4: Em que nível a conduta de mentir se torna preocupante?
Como mentir faz parte do desenvolvimento infantil, é importante saber que as mentiras acontecerão, cedo ou tarde, em maior ou menor grau. Por isso, é preciso que pais e mães estejam atentos a esse comportamento para ter certeza de que ele não está se tornando prejudicial. Isso acontece quando a frequência das mentiras aumenta demais, ou quando elas estão associadas a condutas problemáticas. Se a mentira se torna compulsiva, pode ser indicação de outros transtornos psicológicos. O ideal, nesses casos, é procurar ajuda terapêutica.
Pergunta 5: Punir ajuda a diminuir as mentiras?
De maneira geral, punir crianças que mentem gera o efeito contrário: elas passam a mentir mais para evitar as punições que receberão. Além disso, muitas crianças que são punidas de forma severa por mentir, não raramente, se tornam adultos inseguros, que se acostumam a mentir na vida pessoal e profissional.
Pergunta 6: Posso proibir a criança de mentir?
Proibir a criança de mentir, ameaçando com punições, não vai resolver o problema. O melhor é tentar mostrar a ela que você sabe que a mentira é uma etapa natural do desenvolvimento infantil. Ou seja, às vezes, a mentira vai acontecer. É importante ser claro, porém, na mensagem de que esse comportamento não é bacana e tentar mostrar por que não devemos recorrer a ele. Mostre, por exemplo, as consequências indesejáveis que podem acontecer a partir de uma mentira
Pergunta 7: Qual a melhor maneira de lidar com a mentira?
Cada criança é única e não há uma receita de bolo. Mas, de forma geral, os psicólogos e pedagogos apontam a importância de construir uma relação de confiança entre os pais e a criança. Quando a criança se sente segura para dizer a verdade, ela tende a seguir esse caminho. Construir essa relação, porém, pressupõe uma abertura do adulto responsável para entender que os dois mundos, o infantil e o adulto, têm muitas coisas em comum. Compartilhar nossas vivências e dificuldades com as crianças, num nível adequado à idade, aumenta a proximidade entre pais e filhos. Ambos percebem que, muitas vezes, as reações são muito parecidas.
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