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Você sabe o que é “sharenting”?

Família

Você sabe o que é “sharenting”? Então confira a sequência de eventos a seguir.

Seu filho ou filha diz “mamãe” pela primeira vez? Sobe um vídeo no YouTube. Aos 6 anos, ele ou ela lê a primeira frase? Publica no Facebook. Ganhou a primeira medalha na natação? Foto no Instagram. Faz dancinha sincronizada? Conta no TikTok…

Cada vez mais, nossos filhos estão expostos nas redes sociais. Essa exposição é iniciada com a melhor das intenções por nós mesmos, pais e mães, quando publicamos orgulhosos absolutamente cada novo passo de nossos rebentos. Esse fenômeno já está sendo estudado no exterior. O termo “Sharenting”, criado por lá, deriva de uma combinação das palavras “share” – que significa compartilhar – e “parenting” – parentalidade.

Qual o problema disso?

Mas você pode estar se perguntando: qual é o problema disso? Não é fofo compartilhar os melhores momentos de nossos filhos e filhas?

Para chegar à resposta é preciso, antes, colocar uma nova pergunta: com quem você compartilha? Certamente com parentes, com amigos… Com quem mais?

O problema de que nem sempre nos damos conta é que a internet é um vasto mundo público. Ao compartilhar ali, você também está expondo seu filho ou filha aos amigos dos amigos, a toda sorte de desconhecidos, a pessoas que podem não ter as mais nobres intenções. E você não tem como saber quem são elas.

Meu filho está em risco?

Ninguém está dizendo que seu filho ou filha corre risco iminente porque você posta fotos e vídeos dele ou dela na internet. Nem que você deve correr para apagar todas as postagens que fez até aqui. Em 99% das vezes, as postagens feitas por pais e mães não vão resultar em nada de prejudicial. O alerta, porém, é válido porque as redes sociais são uma novidade para todos nós. Sempre que nos deparamos com novidades, precisamos aprender a lidar com elas.

Hoje, vamos trazer algumas ideias para propor uma reflexão a respeito do “sharenting” e da exposição pública de nossos filhos nas redes sociais:

Praça pública

Antes de fazer a postagem, tente fazer o seguinte exercício. Imagine que a internet é uma imensa praça pública cheia de gente. Você deixaria o seu filho sozinho nesse local?

Pode parecer radical, mas a verdade é que ao publicar uma foto, você perde totalmente o controle sobre ela. Não tem como saber quem a está vendo, se a está baixando e de que forma está usando aquela imagem. É como se você deixasse o seu filho sozinho naquela praça cheia de gente.

O que publicar

Tendo em mente essa imagem da praça pública, procure refletir antes de fazer qualquer publicação. Será mesmo que você precisa compartilhar aquele momento? Ele é tão relevante assim para outras pessoas? De que forma a imagem ajuda ou muda a realidade de quem a vê? Será que você não está publicando apenas para satisfazer ao próprio ego?

Como seu filho ou filha se sentiria?

Você pode estar achando a situação divertidíssima. Mas e o seu filho ou filha? Como ele ou ela se sentirá ao ver aquela mancada que deu, ou a bobagem que falou, publicada na rede? Ele ou ela vai se divertir ou ficará constrangido/a? Talvez ele ou ela seja pequeno/a demais hoje para esboçar reações, mas e daqui a dez anos? Quando estiver na escola e os amigos adolescentes acharem essa imagem ou vídeo antigo, como irão reagir? Seu filho ou filha pode se ver exposto a uma espécie de cyberbulling iniciado, veja só, por você – mesmo que não tivesse essa intenção ao fazer a sua postagem.

Pressão precoce

Muitas vezes, quando começam a alcançar sucesso com as postagens, muitos pais e mães se entusiasmam e passam a radicalizar nas postagens. Chegam a criar canais para o filho ou filha que ainda não tem idade sequer para operar dispositivos, como se buscassem uma carreira precoce de influenciadores mirins para os filhos. É preciso ter muito cuidado, porque isso gera uma pressão desmedida em crianças que não tem maturidade para lidar com as cobranças, as críticas e as exigências do mundo dos adultos.

Perda da identidade

Quando nossos filhos ou filhas chegam à pré-adolescência, eles mesmos passam a alimentar redes sociais próprias e aí é preciso estar muito atento às mudanças que podem sofrer com isso. Recentemente, ganhou notoriedade o caso da pediatra paulistana Fernanda Kanner, que apagou a conta no TikTok da filha Nina, de 14 anos. A adolescente tinha 2 milhões de seguidores e Fernanda tomou a decisão ao perceber que a filha, pressionada pela audiência, estava perdendo sua identidade. Segundo a mãe, as caras e bocas e as dancinhas robóticas davam mais audiência do que a espontaneidade da adolescente. A filha deixou de postar suas verdadeiras paixões – os animais – e começou a se pautar apenas pelo que trazia mais audiência.

Fernanda foi atacada por internautas por sua atitude, acusada de censurar a liberdade da filha, mas recebeu o apoio de outros pais e mães. Acabou sendo convidada a dar seu testemunho em outros foros de pais e mães desesperados com as transformações causadas pelas redes sociais em seus filhos. Em suas explicações nos artigos publicados na imprensa, Fernanda foi enfática: “Meu objetivo foi proteger a sanidade mental da minha filha”.

Para saber mais

Como você já percebeu, o assunto é bastante amplo e complexo para ser esgotado em um único post. Se quiser saber mais sobre sharing, confira o livro “Grow Up Shared” (em inglês), escrito por Stacey Steinberg, professora de Direito, mãe e especialista na intersecção entre parentalidade e mídias sociais.


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