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Manter um casamento conflituoso vale a pena?

Família

Muitos pais hesitam em se separar, acreditando que o divórcio trará consequências negativas para os filhos. No entanto, especialistas alertam que um casamento conflituoso, com a convivência em um ambiente marcado por brigas e tensões pode ser ainda mais prejudicial.

Dados do IBGE mostram que o número de divórcios no Brasil atingiu 420.039 em 2022, o maior já registrado, sendo que 47% envolviam casais com filhos menores. Por trás desses números estão histórias de famílias que enfrentam desafios em busca de um ambiente mais saudável.

O testemunho de Carla: escolhendo a paz

Carla*, mãe de duas meninas, compartilhou sua jornada ao decidir se separar para proteger o bem-estar emocional das filhas. “As discussões eram constantes, principalmente por questões financeiras. Minha filha mais velha, Luiza*, começou a apresentar crises de nervosismo e choros frequentes”, relata.

Após observar o impacto negativo na filha, Carla procurou ajuda psicológica e tomou a decisão de se separar. “Hoje, vivemos em paz. A rotina é mais organizada e minha relação com as meninas é muito mais harmoniosa”, afirma.

Apesar das dificuldades, Carla destaca que o processo de separação foi amigável e benéfico.

Como um ambiente conflituoso afeta as crianças

A psicóloga Gabriela Souza, especialista em desenvolvimento infantil, explica que crescer em um lar conflituoso pode gerar consequências sérias para as crianças. Entre os principais impactos estão:

• Ansiedade e nervosismo: a exposição constante a brigas aumenta os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, prejudicando o desenvolvimento do cérebro.

• Problemas comportamentais: crianças podem manifestar agressividade, regressão ou dificuldades de socialização.

• Baixa autoestima: elas podem internalizar sentimentos de culpa, acreditando serem responsáveis pelas brigas dos pais.

• Risco de perpetuar padrões tóxicos: crescer em um ambiente desrespeitoso pode levar a dificuldades em estabelecer relacionamentos saudáveis no futuro.

O silêncio também é prejudicial

Mesmo que os pais não briguem na frente dos filhos, as crianças percebem sinais de desarmonia, como silêncios tensos ou distanciamento emocional. Esses comportamentos também impactam o bem-estar emocional dos pequenos, muitas vezes de forma silenciosa, mas profunda.

“Os filhos são muito sensíveis ao ambiente à sua volta. Eles podem apresentar mudanças no comportamento sem nem compreender o que estão sentindo”, explica Gabriela.

Alternativas para garantir o bem-estar dos filhos

Se a separação for inevitável, é possível minimizar os impactos com algumas atitudes:

1. Comunique-se com clareza: explique a situação de forma simples, reforçando que a decisão não é culpa das crianças.

2. Ofereça segurança emocional: mantenha uma rotina previsível e demonstre que ambos os pais continuam presentes na vida deles.

3. Evite conflitos na frente dos filhos: mesmo após a separação, priorize o respeito e a cooperação.

4. Proporcione apoio psicológico: terapia pode ajudar as crianças a entender e lidar [Rs1] com as mudanças.

5. Cuide da sua saúde emocional: pais emocionalmente equilibrados são mais capazes de oferecer suporte aos filhos.

O exemplo que fica

Os pais são os primeiros modelos de comportamento para os filhos. Um lar com brigas frequentes ou desrespeito pode levar as crianças a enxergar essas atitudes como normais, perpetuando padrões de relacionamentos tóxicos.

Por outro lado, quando os pais escolhem o respeito mútuo, mesmo que em lares separados, demonstram que é possível construir relações saudáveis e priorizar o bem-estar de todos.

Pensando a longo prazo

Crianças expostas a um casamento conflituoso na infância têm maior risco de desenvolver problemas psicológicos, como ansiedade, depressão e dificuldade em lidar com emoções. Mais importante do que manter um casamento é garantir um espaço seguro e acolhedor para que elas cresçam emocionalmente saudáveis.

Escolher entre manter um casamento conflituoso ou se separar é uma decisão difícil, mas deve ser guiada pelo que é melhor para todos. Um lar onde prevalece o respeito, seja em uma ou duas casas, proporciona às crianças a base necessária para se tornarem adultos equilibrados e felizes.

Se você está passando por uma situação semelhante, procure ajuda de um psicólogo ou terapeuta familiar para tomar a melhor decisão para sua família.

*Os nomes foram alterados para preservar a privacidade dos personagens.


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