Os games, jogos eletrônicos, uma parte inegável da vida moderna, oferecem aos filhos não apenas entretenimento, mas também um terreno fértil para o desenvolvimento cognitivo e social. No entanto, há uma linha tênue entre o prazer saudável e o vício prejudicial. Recentemente, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu um alerta sobre o potencial de dependência dos jogos chamando para a necessidade de uma abordagem cuidadosa e consciente.
Benefícios dos jogos: mais do que diversão
Os jogos, quando consumidos de maneira equilibrada, oferecem benefícios notáveis. Eles desafiam as mentes jovens, fomentam a superação, incentivam habilidades sociais e ensinam lições valiosas sobre vitórias e derrotas. No entanto, assim como qualquer atividade, o excesso pode resultar em problemas sérios, incluindo o chamado “gaming disorder“.
Sinais de alerta
A SBP identifica três sinais cruciais que podem indicar o desenvolvimento de um gaming disorder. Se seu filho está perdendo o controle sobre o tempo gasto em jogos, colocando-os acima de necessidades fundamentais como sono e alimentação, ou persistindo em jogar apesar das consequências negativas, é hora de prestar atenção.
Prevenção: o papel dos pais na era digital
É vital que os pais entendam o mundo dos jogos digitais e estejam envolvidos nas atividades de seus filhos. Compreender o conteúdo dos jogos, estabelecer limites e participar ativamente das experiências de jogo pode fazer toda a diferença. A SBP destaca que a aplicação de proibições não é tão eficaz quanto o diálogo. Tendo conversas regulares sobre jogos, comparando situações fictícias com a realidade e ensinando discernimento, os pais podem criar um ambiente de aprendizado seguro.
O que fazer em caso de preocupação
Se você está preocupado com o consumo de jogos do seu filho ou filha, a abordagem é crucial.
- Evite ações de julgamento ou desvalorização da atividade;
- Não chame os jogos de “joguinhos”, pois essa terminologia é depreciativa;
- Reconheça a importância do mundo digital para eles;
- Se os sinais de vício persistirem e prejudicarem significativamente a vida diária, buscar orientação de um profissional qualificado é uma decisão prudente.
Em última análise, os jogos podem ser uma fonte valiosa de aprendizado e diversão, mas a moderação e a compreensão são essenciais. Os pais devem orientar os filhos nesse vasto mundo digital, transformando-o em uma plataforma de crescimento, não em uma armadilha viciante. Ao equilibrar o entretenimento com o ensino sobre responsabilidade e discernimento, você poderá moldar uma relação saudável dos filhos com os jogos digitais.
