Educação Infantil está deixando a desejar?
A Educação Infantil do seu filho está deixando a desejar na pandemia? No início da pandemia, todo mundo entendeu a situação. Afinal, as escolas foram fechadas de surpresa, por uma circunstância externa à vontade de todos. Com o passar do tempo, as aulas remotas dos ensinos Fundamental e Médio se organizaram. Mas e a Educação Infantil? Como atender crianças de 0 a 5 anos de maneira remota?
Algumas escolas tentaram partir para soluções parecidas com as adotadas com crianças mais velhas, que incluíam envio de várias atividades por dia, videoaulas e cobrança de tarefas. A verdade, porém, é que essas fórmulas pareciam mais destinadas a justificar as mensalidades pagas pelos pais do que realmente educar uma criança tão pequena que, a rigor, deveria ser preservada da exposição excessiva às telas. A Sociedade Brasileira de Pediatria, por exemplo, é categórica na recomendação: bebês até 2 anos de idade não devem ser expostos a nenhum tipo de tela. Dos 2 aos 5 anos, o tempo máximo de exposição seria de 1 hora por dia.
Isso significa, então, que você deve se conformar em pagar as mensalidades integralmente sem receber qualquer atendimento? Também não é assim. Confira três atitudes que demonstram que a sua escola está oferecendo um atendimento distanciado equilibrado:
Orientação aos pais
Os professores devem manter contato próximo com os pais, via telefone, para orientá-los na construção de rotinas saudáveis de acordo com a faixa etária da criança e na observação do desenvolvimento dos filhos.
Contação de histórias
A mesma história que a professora contaria em sala pode ser enviada na forma de um vídeo curto, com teatrinho, ou mesmo um áudio apenas, com frequência semanal. Nada que ultrapasse muito os 10 minutos de duração.
Construção de vínculos
É importante que o professor estreite as relações com os pais e com a criança, o que poderia ser feito por um contato em videoconferência uma vez por semana.
Mas, se a escola vai entrar em contato apenas uma vez por semana, o que você faz no restante do tempo? Veja algumas sugestões dos especialistas em educação nessa faixa etária:
Trabalho de casa
Com um banquinho como plataforma, envolva seu filho nas atividades domésticas, ajudando da forma que puder com as refeições; vale também varrer a casa com a vassourinha e tirar o pó;
Aprendendo por imitação
Você precisa trabalhar no computador e ele quer fazer o mesmo? Use uma tampa de caixa de papelão para criar um teclado de mentirinha e deixe que ele o imite.
Registre os bons momentos
Escreva com ele um registro diário do que ele mais gostou de fazer no dia. Inclua desenhos feitos por ele e fotos.
Desenho livre
E por falar em desenhos, nada de figuras impressas para colorir. Solte a criatividade do seu filho com um papel em branco, para que ele possa desenhar livremente.
Ócio criativo
Os pais, muitas vezes, acham impensável deixar o filho sem nada para fazer. Mas o tédio, acredite, é educativo. E vai estimular a criatividade e a autonomia do seu filho na busca de uma nova brincadeira. Experimente.
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4 Comentários. Deixe novo
É importante orientar os pais em relação as telas pois nessa pandemia as crianças podem ficar mais tempo do que o que é o recomendado.
Período de convivência em família onde temos a oportunidade de fazermos coisas juntos que antes em função da correria não era possível.
Como faz quando os próprios pais não se contentam com as soluções que nós que somos da área sabemos que são as melhores e eles que demandam por essa rotina maluca com mil aulas online e exercícios? A gente faz pq não quer perder o emprego nem quer ver a escola fechar. É assim que funciona.
Excelente orientação.