Xô preguiça! Como motivar crianças que não querem fazer nada
Sabemos que as crianças precisam ser constantemente estimuladas e se moldam ao ambiente ao redor. Elas tanto podem seguir o exemplo dos pais como agir conforme são solicitadas e motivadas a ser.
Mas, e quando você percebe que seu filho ou sua filha tem um perfil muito preguiçoso? Quando tudo parece se tornar um fardo e você gasta energias excessivas tentando convencê-los de fazer o básico, é preciso ficar atento.
Separamos algumas dicas que podem te ajudar a motivá-los a ser mais proativos.
Estipular tarefas e responsabilidades
É natural que as crianças tenham que lidar com responsabilidades de acordo com a sua idade. Mas elas também devem desenvolvê-las em casa, além de estudar. Afinal, a vida não deve ser entendida em compartimentos.
Os valores devem ser desenvolvidos a partir do ser, e não dos lugares. Não faz sentido ser responsável na escola e desinteressado em casa. Assim, além das tarefas escolares, os pais podem pedir coisas ou aos poucos envolvê-los naquilo que os adultos já fazem, como chamar para organizar a casa ou mesmo fazer uma refeição.
Responsabilidades também podem ser aleatórias, mas o ideal é que se estabeleçam principalmente em torno de rotinas.
Permitir que elas lidem com as consequências
De nada adianta estipular tarefas e responsabilidades se, quando elas não são cumpridas, os seus filhos não lidam com as devidas consequências de seus atos.
Até certo ponto, é natural que os pais queiram proteger suas crianças de qualquer desconforto. Porém, se de fato houve omissão ou erro, ainda que por falta de experiência, elas devem aprender com a situação. Mais do que sofrer ou serem penalizadas, é o aprendizado que você deve ter em mente.
Por isso, julgar, culpar ou humilhar também não é um caminho indicado. O ideal é que a criança tenha consciência de sua falha e entenda as lições por trás dela.
Além de uma conversa esclarecedora, você pode, por exemplo, não permitir que seu filho vá a uma festa, caso antes ele não tenha feito a lição de casa.
Incentivos diante das atitudes positivas
Nem sempre as crianças enxergam com clareza quando estão tomando uma atitude positiva. Por isso, devem ser incentivadas e reconhecidas quando o fazem.
De acordo com estudos, é melhor elogiar o comportamento do que a rotular com adjetivos como “inteligente”. Isso porque a criança, quando rotulada, pode entrar em uma zona de conforto e acreditar que sempre se sairá bem. Já quando sua postura é incentivada individualmente, ela tenderá a repeti-la mais vezes.
Só é preciso tomar cuidado para que essas atitudes também não aconteçam por meio de condições. Um exemplo é receber dinheiro ou presentes quando fazem as coisas certas. Nesse caso, isso poderá as incentivar a agir por interesse, e não por motivação própria.
Lembretes
Se você acredita que seu filho ou sua filha está sempre com a cabeça nas nuvens, você também pode reforçar as tarefas por meio de lembretes cotidianos.
Seja por meio de alarmes pontuando seus horários e obrigações pelo celular, seja pendurando um mural visível na parede de algum lugar da casa. Caso prefira, também podese organizar um calendário digital marcando aulas, provas, trabalhos, médicos e até eventos sociais.
O importante é que essas ferramentas permitam que se eles organizem e você, como pai ou mãe, possa sair um pouco de cena. No lugar de cobrar, permita que eles mesmos desenvolvam sua dinâmica de atividades.
Doenças e outros fatores
Também vale lembrar que desmotivação nem sempre é só preguiça. Dependendo do nível do desânimo, pode ser que seu filho esteja passando por problemas psicológicos, como a depressão. Ou então, sofrendo bullying na escola, de forma que sua autoestima seja afetada.
Seja qual for o motivo, preste atenção nos detalhes e procure conversar para entender melhor. Vale lembrar que casos como a depressão costumam afetar todas as áreas, inclusive aquilo que antes eles gostavam de fazer.
Agora quando o problema for apenas com as obrigações, mas se sentem motivados para se divertir, pode ser uma questão de abordagem e disciplina.
O importante é que de uma forma ou de outra, eles comecem a desenvolver sua autonomia e proatividade, motivados por pais que entendem o quanto a preguiça e a falta de compromisso com a vida não são saudáveis e podem prejudicá-los cada vez mais no futuro.
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Estar atenta as condições físicas e emocionais, buscar sempre o diálogo, incentivar e elogiar, e quando necessário, deixar a criança se responsabilizar pelas consequências de seus atos.