Não aguento mais birra!
Toda criança pequena chora, berra, esperneia. Embora seja mais comum entre os pequenos, a birra pode se estender até os 8 anos de idade, dependendo do estilo de criação adotado pela família e da personalidade da criança.
Mas por que esses adoráveis seres que embalamos em nossos colos desde os primeiros dias de vida fazem isso conosco? Basicamente porque nenhum ser humano, quando nasce, sabe lidar com frustrações.
Seu filho faz muita birra? Está na hora de começar a ensiná-lo a lidar com a frustração. Ele vai aprender, acredite – e a sua vida vai melhorar!
9 dicas para lidar com a birra (e acabar com ela)
1. Antecipe-se ao problema
Nenhuma birra explode de repente. Normalmente ela começa com uma manha, um pedido que você não quer atender, ou ainda uma situação nova – que pode ser uma quebra de rotina. Sono e fome também desencadeiam crises. Por isso, ao perceber as primeiras nuvens se formando, atue para evitar a tempestade. Se o problema for fome ou sono, atenda à necessidade da criança. Se a birra for resultado de um pedido não atendido, tente mudar de ambiente para distraí-la (funciona melhor com os pequeninos, de até 2 anos de idade). Ou seja claro e verdadeiro ao explicar o motivo da sua negativa.
2. Você quer realmente dizer “Não”?
Faça essa pergunta a você mesmo antes sair respondendo não para quase tudo o que seu filho pede. Quando usado indiscriminadamente, o não se desgasta e passa a ter o efeito contrário. Vira a palavra-chave para a desobediência. Prefira fazer perguntas sobre os motivos daquele pedido, numa sequência que o ajude a entender os desejos dele e a razão pela qual eles não serão atendidos.
3. Converse com seu filho
Abaixe-se para conversar na altura dele e use linguagem adequada para a idade. Evite o vocabulário de adulto e, sobretudo, a clássica resposta “porque não”, que tende a agravar a frustração da criança. Use as perguntas citadas no ponto 2 e ajude-o a verbalizar o motivo da irritação. Entender o que sente é o primeiro passo para aprender a lidar com as emoções.
4. Mantenha a calma
É verdade, o choro estridente e a cena constrangedora, especialmente em público, têm o poder de nos tirar dos eixos. Mas se você perder o controle, acredite, seus problemas ficarão piores. Respire fundo e mantenha a calma. Em seu livro “Já Tentei de Tudo”, a psicoterapeuta francesa Isabelle Filliozat usa o exemplo do avião para explicar como você deve agir: “No avião eles nos ensinam que, em caso de despressurização, se você estiver com uma criança, deve colocar sua própria máscara primeiro e só depois, com a sua situação normalizada, você pode colocar a máscara na criança”.
5. Entenda a causa da revolta
Compreender o ponto de vista do seu filho é importante por dois motivos. Um deles é prático: se não identificar o motivo da birra, dificilmente você criará uma tática eficiente para resolvê-la. O outro é emocional: ao se esforçar para entendê-lo, você desenvolve empatia pelo problema dele. E a empatia é essencial para evitar soluções drásticas precipitadas. Como uma punição exagerada, por exemplo. Se for injusta e desconectada do efeito causador, ela não acaba com a birra – e pode até agravá-la.
6. Entender é diferente de atender
Se há algo de bom a ser tirado de uma birra é a oportunidade de ensinar ao seu filho que a vida é feita de frustrações e de limites. Se você negou o que ele lhe pedia porque sabia que aquela era a coisa certa a fazer, mantenha sua posição. O showzinho que ele está dando no meio da loja, ou do restaurante, não pode ser motivo para que você volte atrás. Converse em tom amoroso, explique de forma sucinta e em linguagem adequada o motivo da sua decisão e abrace-o para que ele se sinta amado. Mas seja firme na sua decisão e não ceda.
7. Evite a disputa de poder
Essa é uma situação limite que normalmente desgasta a sua autoridade. E quando isso acontece, todos saem perdendo. Com toda tranquilidade, mostre que você quer ajudá-lo a superar o problema. E como adulto, você é a pessoa com melhores condições emocionais para avaliar a situação e encontrar uma solução.
8. Corrija com moderação
O castigo ou a punição têm o seu papel na formação emocional da criança. Desde que sejam usados da forma correta. Como a criança tem um senso de justiça apurado, pode ficar desorientada se nunca é corrigida por desrespeitar limites. Mas não exagere no castigo. Para que ele seja efetivo, deve ser aplicado na mesma hora em que ocorreu a desobediência e você deve deixar clara a relação entre causa e consequência. Nunca, em hipótese alguma, apele para a violência física. As punições devem ser apenas sanções que privam a criança de coisas que ela valoriza. Ah, e é bom lembrar que castigos não funcionam com crianças menores de 2 anos.
9. Persevere
Lembre-se de que Educação é um processo contínuo e leva tempo. Continue aplicando estas táticas a cada novo episódio porque ele não será capaz de aprender tudo na primeira vez. Persevere e, com o tempo, você começará a notar as mudanças.
E você? Tem alguma sugestão a mais sobre como lidar com a birra? Compartilhe suas experiências conosco nos comentários.
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3 Comentários. Deixe novo
Em casa sempre conversamos muito e não tivemos muitos problemas com birras como por exemplo no pedido de um brinquedo ou roupa nova. Sempre ensinamos que nem sempre podemos ter algo naquele exato momento do pedido, mas que no momento oportuno poderia ser realizado dentro das nossas possibilidades.
Ando muito cansada , minha filha tem 3 anos , e não aguento mais , ela acorda todos os dias de noite querendo ficar me alisando , e me acorda de madrugada pra isso , umas 3 vezes por noite , quer vir pra minha cama , sendo que a caminha dela é colada com a minha , não tenho noites de qualidade , faço faculdade , trabalho e ainda sou dona de casa e esposa , ando muito desgastada e sem paciência , meus pais são meus vizinhos e reclamam quando ela chora de noite , então acabo cedendo pra ela não chorar , mas isso me estressa demais …não sei mais o q fazer …
Tenho 4 filhos e 2 enteados que também moram comigo des de pequenos então são como meus filhos eu que cuido e faço tudo, mais o que está me tirando a paciência mesmo são meus 2 caçulas um menino de 3 anos que chora o tempo todo por tudo e minha bebê de 1 ano que também só fica atrás de mim e quer peito o tempo todo quando está comigo, me sinto culpada pois cuidei do meu enteado mais velho também era muito chorão e birrento, deu muito trabalho e nem era meu e agora que ele cresceu, tenho meu próprio filho que é como ele foi é eu tenho vontade de abrir mão e abandonar, jogar tudo pro alto e desistir da maternidade, mais como posso ter cuidado do filho de outra é não aguentar o meu próprio filho, amo ele mais me sinto exausta, estão todos na escola em período integral inclusive a caçula que começou a andar recentemente mais é só chegarem em casa pra mim me sentir mau, chateada exausta de tudo, me sinto mal por ter esses sentimentos e culpada