A infância e a adolescência são etapas cruciais do desenvolvimento humano, marcadas por rápidas mudanças físicas, emocionais e sociais. Estas fases não só moldam a personalidade e as percepções de mundo dos jovens, mas também são momentos em que a saúde mental precisa de atenção especial, com cuidados e prevenção.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), “saúde mental” pode ser definida como o bem-estar em níveis ótimos, bem como a capacidade de interpretar o meio que estamos inseridos e manter um bom funcionamento psicossocial. A maioria dos transtornos mentais começa na infância ou adolescência, destacando a necessidade de vigilância constante dos pais e cuidadores. O suicídio, alarmantemente, figura como a terceira principal causa de morte entre adolescentes. Diante disso, é essencial reconhecer e não subestimar os sinais de alerta.
Sinais de alerta a observar
Alterações no rendimento escolar, mudanças bruscas de humor, agressividade, medos infundados, dificuldades para dormir e mudanças no apetite são alguns dos sintomas que exigem atenção. O isolamento, dificuldades de socialização e alterações no peso também são indicativos de que algo mais profundo pode estar ocorrendo.
O impacto da pandemia na saúde mental
Desde a pandemia, crianças e adolescentes foram algumas das mais afetadas em relação à rotina e dinâmicas sociais que lhes foram impostas. O acesso à escola, a socialização com amigos, os passeios e as brincadeiras ao ar livre foram coisas que deixaram de fazer parte da vida de diversos jovens em todo o mundo, e o impacto que isso teve e tem no processo de desenvolvimento infantil ainda são imensuráveis e não compreendidos em sua totalidade. Pesquisas afirmam que o isolamento social teve efeitos negativos para a infância e adolescência uma vez que ocasionou alterações nas dinâmicas sociais e emocionais. Estudos revelam ainda que o desenvolvimento infantil iniciado na pandemia pode estar mais propenso a obstáculos psíquicos e sociais que são prejudiciais para uma infância saudável.
Diante deste cenário pós-pandemia, surge uma questão fundamental: como devemos partir disso e contribuir para que possamos cuidar da mente das crianças? Primeiramente, é importante considerar as emoções das nossas crianças, incentivando-as a expressarem sentimentos, e propiciar uma escuta que faça com que elas se sintam acolhidas e protegidas. Logo, quando elas passarem por algo que as façam sentir medo, você poderá ser alguém confiável que terá a chance de ajudar essas crianças.
Fatores de risco e proteção
Exposição à violência, situações de bullying, estruturas familiares instáveis e vulnerabilidade social aumentam também os riscos de transtornos psiquiátricos. Por outro lado, padrões de sono regulares, atividade física, um ambiente familiar e escolar acolhedor e a realização de atividades prazerosas são essenciais na promoção da saúde mental.
Apoio familiar e atividades recomendadas
O suporte dos pais e responsáveis é fundamental. A adolescência, com suas descobertas e desafios, especialmente no contexto das redes sociais, demanda uma atenção redobrada. A inserção em atividades que favoreçam as habilidades socioemocionais se mostra uma estratégia valiosa.
Jogos e atividades práticas
Jogos que estimulam o pensamento crítico e a empatia, como o “Jogo dos Dilemas”, são ferramentas excelentes para o desenvolvimento infantil. Clássicos como quebra-cabeças, jogos da memória e caça-palavras, além de jogos ao ar livre como pique-bandeira e queimada, promovem o trabalho em equipe, a autonomia e a resolução de problemas. Jogos de tabuleiro, por sua vez, ensinam a controlar impulsos e a refletir sobre as consequências das ações.
A saúde mental infantil e adolescente é um pilar fundamental para o desenvolvimento saudável e uma preocupação constante da Mind Lab. Por meio da observação atenta, apoio incondicional e a promoção de atividades que desenvolvam habilidades socioemocionais, como os jogos[Rs1] desenvolvidos no Programa MenteInovadora, podemos garantir que nossos jovens cresçam em um ambiente de compreensão, respeito e bem-estar. O envolvimento em jogos educativos e atividades físicas, aliado a uma estrutura familiar e escolar de suporte, são passos cruciais nesse processo. Convidamos os pais a se engajarem ativamente na vida de seus filhos, criando um futuro mais promissor para todos.
