Adolescência: entendendo as faixas etárias
A adolescência, essa fase intrigante e cheia de transformações, é alvo de diferentes definições e interpretações quanto à sua faixa etária. Neste post, vamos explorar as perspectivas de especialistas e órgãos de saúde para compreender a [RS1] questão: a partir de quantos anos podemos considerar uma pessoa como adolescente?
Diferenças de conceitos e classificações:
O renomado psiquiatra e psicoterapeuta, Wimer Bottura, delineia a adolescência em três fases, de acordo com a OMS:
Pré-adolescência (10 a 14 anos)
Adolescência (15 a 19 anos)
Juventude (até 24 anos)
[RS2] Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no Brasil define a adolescência para aqueles de 12 a 18 anos. Diante dessas divergências, como definir o período correto?Puberdade x adolescência
Uma corrente da pediatria brasileira esclarece a diferença crucial entre adolescência e puberdade. A primeira abrange uma faixa etária específica, enquanto a puberdade refere-se às mudanças físicas decorrentes do aumento dos hormônios sexuais.
Diante dessas mudanças, os pais e responsáveis desempenham um papel vital. Reconhecer as transformações como parte natural do crescimento é crucial. E abandonar gradualmente a transição à idade adulta.
Embora esse processo possa desafiar os pais, é fundamental compreender que não estão perdendo seus filhos, mas sim testemunhando o início de uma jornada emocionante. Estar ciente do momento, permitindo que os filhos cresçam, oferecendo apoio nos momentos de frustração, é essencial.
Alargando a adolescência
A visão da biologia também é usada para argumentar que essa fase pode se estender. O cérebro continua seu desenvolvimento após os 20 anos, tornando-se mais eficiente, enquanto os dentes do siso podem não surgir até os 25 anos. Observa-se uma tendência global de adiamento de marcos tradicionais da vida adulta, como casamento e paternidade. No Reino Unido, a média para o primeiro casamento aumentou 8 anos desde 1973.
“Geração Canguru” no Brasil
No Brasil, a chamada “geração canguru“, caracterizada por jovens de 25 a 34 anos permanecendo mais tempo na casa dos pais, é evidente. Esse fenômeno demanda reflexão, pois a permanência prolongada desses jovens em casa sugere uma adolescência estendida. Susan Sawyer, diretora do Centro para a Saúde do Adolescente na Austrália, enfatiza que postergar casamento, independência financeira e paternidade/maternidade contribui para essa “semidependência”.
Uma jornada complexa e singular
Em resumo, a adolescência é uma fase complexa, multifacetada e sua definição etária pode variar. Entender as perspectivas dos especialistas ajuda a esclarecer as nuances desse período. Reconhecer o papel dos responsáveis como facilitadores dessa transição é fundamental para uma jornada de descobertas positivas. Conta aqui pra gente qual a sua opinião sobre a adolescência!
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